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terça-feira, 26 de julho de 2011

Sucesso do radio Paraibano

Josenildoo Monteiro



 Josenildoo Monteiro um dos maiores radialista da Paraíba, é sucesso na radio Talismã 99.3. de Belém, é sucesso em toda região do brejo.
É liderança absoluta nas manhãs de segunda a sexta.
Juntamente com Rafael San, Rodrigo Costa, Walter Batista, Júnior Campos e Greice Targino , fazem com que a emissora mantenha a liderança em toda a região do brejo Paraibano e parte do Rio Grande do Norte.

Por José Pessoa

A política que estraga o rádio: A função social do rádio-jornalismo foi perdida?

-Greice Targino-
(*Estava em negociação com duas rádios e iria trabalhar obviamente  na que melhor fizesse uma proposta de emprego, quando este artigo foi publicado em um site, como punição por causa das críticas e repercussão social, mas, funcionários amigos me disseram que fui boicotada nas duas rádios e perdi a vaga que estavam sendo negociadas comigo naquelas emissoras de  Guarabira, pois seus donos temiam que eu expressasse demais os meus pensamentos políticos que não contribuíssem  com os interesses dos grupos em questão, mas me orgulho por poder esclarecer a população de algum modo sobre a atividade do rádio-jornalismo que manipula as mentes...Como futura historiadora, não permito que calem meu pensamento, esteja onde estiver!)

                                                    

Estando há muitos anos envolvida em rádio por ter trabalhado ou prestado serviço como locutora em algumas das principais rádios de minha cidade (Guarabira-PB), como historiadora e observante do comportamento e transformações sociais, é impossível não ter analisado a atividade do rádio ( e não apenas de determinada rádio) e do jornalismo não só em Guarabira, mas no Estado da Paraiba.

Vejo que muitas vezes, o povo simples é lesado,não conhece o jogo político por trás da relação entre jornalistas do rádio e alguns políticos que deturpam as notícias e as compreensões conforme seus interesses: manipulam a verdades. E o povo? O povo não tem oportunidade de pensar livremente, simplesmente,ACREDITA em tudo!

O rádio tem um caráter educativo, o entretenimento, a informação, mas percebo também que o rádio em nossa região apresenta uma característica que vai além do que deveria ser: a crítica isenta de ideologia partidária, a transformação de notícias em discursos que sirvam a grupos políticos, e neste caso, refiro-me ao exercício de alguns jornalistas. Sei que todos temos identidade e o direito a opções, mas em nossa região e em outras, as rádios estão vinculadas a grupos políticos que detém a sua concessão. Deste modo, tais grupos tem em mãos um instrumento de comunicação muito poderoso, o rádio, que com outros meios de comunicação representam “O Quarto Poder”. A relação destes grupos políticos com o rádio é bem percebida no jornalismo.

Em Guarabira, por exemplo, você liga o rádio em uma frequência, e percebe que a linha editorial do Jornal é que são poucas as notícias gerais, mas, a veiculação de matérias contra os políticos do grupo opositor ao dos donos das rádios é o que se veicula por mais tempo, aliás, veicula-se no jornal quase todo, e os apresentadores destes jornais em seguida emitem suas opiniões, sempre tentando fazer o povo ficar contra o adversário, é um eterno gládio entre os grupos políticos por meio das rádios as quais são proprietários. Na rádio do grupo adversário, ocorre o mesmo.Quando essa briga política vai acabar nas rádios de Guarabira? O palanque político parece que continua armado nas rádios de Guarabira e em outras rádios da região com tal perfil (ideologia e ligação político partidária explícita), mesmo depois do período eleitoral.

Os meios de comunicação tem um papel importantíssimo no debate de ideias e formação da opinião pública. Deveriam estar compromissados com o combate às desigualdades sociais e salvaguardar os princípios democráticos, o direito a expressão livre, a defesa do cidadão e não apenas dos interesses do grupo político ao qual se vincula. Mas, estando compromissados com os interesses de grupos políticos, os meios de comunicação, e no caso, o rádio não exercem sua função social de modo livre e pleno, sendo assim, qualquer meio de comunicação utiliza o poder de persuadir-nos a pensar o que querem e do modo que determinado grupo político pensa. O rádio descompromissado com a sociedade passou a ser instrumento de manipulação de massas e nele, há muitos palanques políticos armados, algumas VERDADES expressas e outras ‘ ‘verdades’’ fabricadas ou deturpadas em defesa de seus donos, por meio do espaço jornalístico destas emissoras.


Qual a credibilidade de um jornalista que deixa a ética-profissional e permite-se ser subordinado pelos interesses de terceiros ? Onde está a sua imparcialidade e neutralidade ? A sociedade não sabe que esse tipo de jornalista, não a defende verdadeiramente e sim, defende um grupo, uma Elite. A sociedade não sabe também que esse tipo de jornalista só a defende, se o que essa sociedade tem a dizer estiver de acordo com os interesses políticos do grupo que detém a concessão da rádio, ainda mais se o que os cidadãos tem a dizer puder contribuir para o descrédito da imagem do grupo político opositor, o que atenderia ao jogo que está por trás da disputa por hegemonia. A sociedade não sabe que muitos jornalistas não passam de meros emissores de ideologias de determinado bloco partidário.


Compreendo sim que estes ‘’jornalistas ‘’estão trabalhando por seus salários, o que é digno, mas, não é digna a atuação destes profissionais que não passam de ladrões da opinião pública, banalizando seus ofícios, desonrando a imagem do verdadeiro profissional do rádio e do jornalismo.
O cidadão que não conhece completamente a conjuntura interna do rádio-jornalismo, não sabe que o compromisso destes meios de comunicação e de alguns profissionais não é com a defesa social ou com a luta contra as desigualdades, a denúncia do mal exercício da atividade político-administrativa e sim, com as alianças feitas entre determinado meio de comunicação e o bloco político ao qual ela pertence. Rádio não deveria nascer a partir de concessões cedidas a políticos. Isso é corrupto e certamente, atenderá a elites políticias, o que certamente posso associar a uma nova face da prática coronelística, já que a disputa pelo poder político se fortalece a partir do serviço que o rádio tem prestado a estes grupos quando hábeis jornalistas defendem muitas vezes políticos corruptos em seus discursos radiofônicos e até em outros meios de comunicação, conferindo a estes políticos o apoio de cidadãos simples, que não dispondo de uma base crítica e intelectual mais favorável, acaba sendo influenciado por verdades fabricadas, verdades com ‘v ‘ minúsculo.


No Brasil, muitas vezes, o político corrupto de ontem, de repente é tornado herói, já que alguns jornalistas influentes contribuem para que o povo seja enganado novamente. E não é só o povo simples não. Muitas vezes, a alta sociedade também se deixa levar pela influencia de certos profissionais da imprensa. E o povo que precisa de educação, saúde, liberdade política, independência econômica, ações governamentais efetivas a seu favor, termina tomando por verdades tais opiniões destes jornalistas vendidos que, descompromissados com a sociedade e a função social do rádio, defendem idéias partidárias que exaltam facções políticas igualmente descompromissadas com o povo e compromissadas apenas com seus gordos salários e muitas vezes com ações de desfalque ao dinheiro público ; políticos, meios de comunicação e jornalistas que em suas alianças e seu jogo de interesses, não mudam o país, o Estado, a cidade, a vida dos cidadãos. A maioria destes, estão compromissados sim, mas com a mudança de vida deles próprios.


E o povo... Continua ouvindo promessas e defesas nem sempre realizáveis e justas... O povo continua dando-lhes audiência, pensando que o que dizem é verdade. Nem todos os cidadãos conseguem perceber a articulação interna do rádio-político, e deste modo, recebe informações e opiniões manipuladas pela vontade do grupo. O rádio-jornalismo deveria mediar e cobrar os relatos dos governantes em respostas a questões do povo por eles governados.

Quando o rádio-jornalismo for independente, o povo terá o seu espaço de expressão, bem como a possibilidade de pensar o mundo e o social a partir de sí mesmo e não por ideologias que se espalham sutilmente através da força e influência que o rádio tem pois o rádio pertence ao "Quarto Poder": a comunicação, que influencia e até pode formar a opinião pública. Utilizemos este “Quarto Poder” de modo responsável, profissionalmente ético e compromissado com a sociedade, a democracia, a liberdade e a cidadania. Se parece utopia, caros jornalistas e radialistas, reflitam seus papéis e seus atos neste mundo. Se seu exercício não é digno de credibilidade, se é corrompido por alianças, posso dizer que isto envergonha os meios de comunicação, o que implica dizer também que envergonha a mim e a outros radialistas e trabalhadores dos diversos meios de comunicação existentes neste país.

Maria das Graças Dias Targino. (* Greice Targino)

( Radialista: Reg. Prof. nº 2.670-D.R.T.-PB e acadêmica de História-U.E.P.B. C. III)




                      (*Minhas poesias e pensamentos no site: www.gctargino.blogspot.com )

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Vereadores pedem instalação de inquérito policial para investigar prefeito de Dona Inês


EXCLUSIVO: Cercado de denúncias de improbidade administrativa, malversação do dinheiro público, beneficiamento de aliados políticos, troca de favores para beneficiar familiares em prefeituras vizinhas, alienação irregular de automóveis públicos, pagar R$ 42 mil a uma dona de casa para prestar supostos serviços de segurança em prédios públicos e eventos festivos no município de Dona Inês, pagar por obras não realizadas no município como foi denunciado na última semana pelo vereador Neco de Lolô, o prefeito socialista Antônio Justino (PSB) também enfrenta no Ministério Público Federal denúncia de concessão irregular de bolsas de estudos para universitários de baixa renda.
Segundo representação protocolada no Ministério Público Federal pelos vereadores João de Deus (PMDB), Manoel Ferreira de Araújo (PMDB) e Maria Ivonete (PSDB), existem fortes indícios de que teria havido a concessão de bolsa de estudo com recursos oriundos do Tesouro Nacional à várias pessoas do município de Dona Inês de forma indevida e contrariando a legislação.
Segundo denúncia, a concessão de bolsa estudo foi autorizada através de Lei Municipal 331/2001 que criou o Programa Bolsa de Estudos para atender estudantes carentes do município. Segundo regra estabelecida no artigo 1º da referida lei, para ser beneficiado pelo programa o estudante deve apresentar vários documentos, entre quais, declaração de matrícula em nível superior.
Ao analisar os balancetes enviados pelo prefeito Antônio Justino (PSB) à Camara Municipal de Dona Inês, os vereadores constataram a existência de inúmeras irregularidades, entra elas o beneficiamento não universitários no programa, pagamento de bolsa para estudantes de classe alta que não residem no município e até mesmo a continuidade do pagamento de benefício à estudantes que abandonaram o curso universitário.
Para os vereadores do município de Dona Inês, ao adotar tal prática o prefeito Antônio Justino (PSB) cometeu ato ofensivo aos princípios constitucionais que norteiam a administração pública, bem como, crime de responsabilidade previsto no decreto de lei 201, de 27 de janeiro de 1967, com sanções comuns a todos os casos de improbidade que vão desde multa civil até a perda da função pública ou suspenção dos direitos políticos.
Na representação encaminhada ao Ministério Público Federal, os vereadores requerem a instauração de inquérito policial, inquérito civil público, requisição ao Tribunal de Contas do estado da relação de todos os beneficiários do programa no exercício de 2010, com os respectivos comprovantes de matrícula e o depoimento pessoal dos beneficiários do programa.

Fonte: http://www.paraiba1.com.br

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Greice Targino, a estrela da Talismã

                                                         foto: Jose Pessoa




A radialista Greice Targino,da radio  Talismã Fm: 99.3 de Belém, sucesso em toda a Paraíba e Rio Grande do Norte, é coloboradora do Jornal Folha de Belém - PB.
Obrigado Greice, é uma honra ter você conosco.


José Pessoa - Editor - Chefe

Momentos de lazer

Jair e Luiz em bar de Dona Inês - PB

Luiz de Zé Louro e o empresário Jair Motos em momentos de lazer em Dona Inês PB.
Luis mora em São Paulo está em Dona Inês a passeio




Por José Pessoa

As fotos dizem Tudo...


O morador da nova Brasília, João Amaro mostra o descaso.




Leandro posa para nossa reportagem



 Há quatro meses moradores da nova Brasília esperam providências do prefeito Antonio Justino


Por José Pessoa

terça-feira, 19 de julho de 2011

Em Dona Inês-PB. Vereador denuncia que prefeito pagou por obra não executada. Prefeito justifica.


O vereador peemedebista, Neco de Lolô, denunciou no jornal da 99/2ª Edição desta segunda-feira (18) um pagamento feito pelo atual prefeito, Antônio Justino, à Arquitetar Construtora e Serviços LTDA no valor de R$ 34.687,31 (Trinta e quatro mil, seiscentos e setenta e oito reais e trinta e um centavos) por um serviço de drenagem e pavimentação feito na Rua José Antônio da Silva (Rua Nova Brasília).

O detalhe é que, o vereador assegurou que a obra não foi executada; o que para o peemedebista, a ação se configurou como crime.

Procurado pela reportagem da Talismã FM o prefeito disse que Neco de Lolô está equivocado e se aproveita do momento para se auto promover. “O vereador está usando de má fé através de um documento de uma medição das obras de restauração e pavimentação que estamos fazendo no nosso município. Ele se aproveita para se auto promover.” Justificou Justino.

O prefeito explicou que foi feito um contrato com a Arquitetar Construtora e Serviços LTDA no valor de R$ 145.587,67 (cento e quarenta e cinco mil; quinhentos e oitenta e sete reais e sessenta e sete centavos) para realizar drenagem e pavimentação na Rua José Antônio da Silva que, foi danificada pelas chuvas e ainda em outras ruas. De acordo com o prefeito o valor pago, citado pelo vereador, se trata dos serviços executados nas Ruas Major Augusto Bezerra; José Carolino e na Pedro Teixeira.

“Todos sabem, inclusive o vereador Neco de Lolô que, já foi secretário de obras no município que, em toda medição vai aparecer o nome de todas as ruas. Neste caso o pagamento foi feito pelos trabalhos nas Ruas Major Augusto Bezerra; José Carolino e na Pedro Teixeira. Dessa forma não há irregularidade neste pagamento.” Explicou. "O pagamento da obra a ser executada na Nova Brasília ainda será apresentado, após sua realização, claro." Completou.

Antônio Justino disse que ainda não iniciou a obra de pavimentação e drenagem na Rua Nova Brasília devido às condições climáticas e que, tão logo o tempo melhore, o serviço será feito.

Moradores da Rua esperam a execução da obra o mais rápido possível









Fonte: http://blogdomagopb.blogspot.com



Por José Pessoa


Dona Inês: Dona de casa recebe R$ 42 mil para fazer segurança de prédios públicos e eventos


EXCLUSIVO: Chega à justiça mais uma representação por ato de improbidade administrativa contra o prefeito do município de Dona Inês, Antônio Justino (PSB) (foto). Os vereadores João de Deus (PMDB), Manoel Ferreira de Araújo (PMDB) e Maria Ivonete (PSDB), protocolaram no Ministério Público Federal representação contra Antônio Justino (PSB), acusado de pagar R$ 42 mil a uma dona de casa identificada como Janaína Ferreira Lopes, contratada para prestar supostos serviços de segurança em prédios públicos e eventos festivos na cidade no ano de 2009.
Segundo denúncia, ao analisar os referidos empenhos e efetuar diligências no endereço indicado como sede da pessoa jurídica contratada, os vereadores constataram que no local nunca houve uma empresa instalada, que a senhora Janaína Ferreira Lopes é uma simples dona de casa e não possui nenhum empregado prestando-lhe serviços.
Ao ser citado pelo Ministério Público Federal, Antônio Justino (PSB) apresentou defesa, mas para os vereadores autores da denúncia os argumentos do chefe do executivo municipal foram inconsistentes. Ao Ministério Público, Antônio Justino alegou que ao assumir o município no ano de 2009 encontrou diversos prédios públicos violados, daí a necessidade de contratar “segurança especializada”. Outro ponto contraditório na defesa do prefeito foi alegar que no ano de 2010 o município teria realizado concurso público para admissão de servidores na área de vigilância e ter encerrado o contrato com Janaína Ferreira Lopes.


Segundo os vereadores, ao consultar o Sagres do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, percebe-se a tentativa do prefeito Antônio Justino (PSB) em querer “enganar” o Ministério Público Federal. De fato, como afirmou na defesa, Antônio Justino (PSB) cancelou o contrato com Janaína Ferreira Lopes no ano de 2010 e contratou os serviços de uma nova empresa, N&L Serviços, que recebeu a quantia aproximada de R$ 50 mil pelos mesmos serviços de vigilância patrimonial. Acontece, que Antônio Justino não esclareceu na defesa ao Ministério Público Federal que a empresa N&L Serviços pertence à Severino Teixeira Muniz Júnior, esposo de Janaína Ferreira Lopes. Juntos, no ano de 2010, o casal recebeu dos cofres do município a quantia de R$ 68.610,00.
Para os vereadores do município de Dona Inês, ao adotar tal prática o prefeito Antônio Justino cometeu ato ofensivo aos princípios constitucionais que norteiam a administração pública, bem como, crime de responsabilidade previsto no Decreto de Lei número 201, de 27 de janeiro de 1967, com snações comusn a todos os casos de improbidade que vão desde multa civil até a perda da função pública ou suspensão dos direitos políticos.
Na representação encaminhada ao Ministério Público Federal os vereadores requerem a instauração de inquérito civil público, a requisição de todo processo licitatório que contratou Janaína Ferreira Lopes, o depoimento pessoal dos membros da comissão de licitação e a requisiçaõ à Delegacia Regional do Trabalho da relaçaõ de empregados da respectiva empresa.
A reportagem do PolêmicaPB tentou contato com Antônio Justino através do telefone institucional da Prefeitura Municipal de Dona Inês, onde foi informado que o chefe do executivo estava viajando. O telefone celular do prefeito estava desligado.
Leia também:

Os dados referentes às denúncias podem ser conferidos junto ao Sagres do Tribunal de Contas do Estado – www.sagres.tce.pb.gov.br

Por José Pessoa

Negros são maioria entre os jovens assassinados, diz estudos


Levantamento realizado no Espírito Santo apontam índice de mortes de 77% da juventude negra.

O número de jovens vítimas de homicídios no Espírito Santo chegou a 391 de janeiro a maio deste ano, segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança. Levantamento do Núcleo de Estudos sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) apontam que 77% são negros. Esses dados foram apresentados na noite da última quinta-feira (30) no Plenário Dirceu Cardoso da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), em sessão especial proposta pelo deputado Claudio Vereza (PT) para debater a “Juventude em Marcha Contra a Violência e Extermínio”. A intenção do parlamentar foi inserir o jovem na discussão, e o Plenário ficou cheio deles.

O presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Gilmar Ferreira de Oliveira, opinou que as políticas voltadas para os jovens não podem ter a “lógica policialesca”, mas serem voltadas para a questão dos direitos humanos e da cidadania. Segundo ele, os jovens querem ser ouvidos para opinar sobre as políticas que querem. O número de jovens vítimas de homicídios no Espírito Santo chegou a 391 de janeiro a maio deste ano, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. Levantamento do Núcleo de Estudos sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade Federal do Espírito Santo apontam que 77% são negros.

A coordenadora do Núcleo de Estudos sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos da Ufes, professora Eugênia Raizer, foi a palestrante da noite. Mostrou estudo desenvolvido por ela e pela estudante de Serviço Social da Ufes, membro do Núcleo, Silvana Ribeiro da Silva. E começou tentando definir o que é um jovem. Pensadores tentaram definir o termo juventude, e um brasileiro dividiu em categorias: a juventude dourada (classe alta ou média alta, de cor branca ou amarela), a trabalhadora (50% do total de 15 a 24 anos), os pobres, os vulneráveis (meninos de rua ou de classes baixas que vivem processo de exclusão social nas grandes cidades) e os infratores (pertence a várias camadas sociais e etnias).

A Política Nacional da Juventude considera jovem aquele que tem entre 15 e 29 anos, com subdivisões. Eugênia Raizer mostrou dados que indicam o crescimento do número de homicídios envolvendo jovens no Espírito Santo. Somavam 30,3% em 1998 e chegaram a 38,7% em 2008. Houve crescimento da média nacional, mas o Estado está acima dessa média.

A professora observou que no Espírito Santo o crescimento econômico não se reflete em benefícios sociais, as riquezas não implicam na superação das desigualdades sociais e o mapa da violência segue o das desigualdades. Mostrou um mapa de Vitória onde pontos vermelhos marcavam locais de homicídios em 2008: mais concentrados nas regiões carentes, quase inexistentes nos bairros abastados.

O Estado ocupa o terceiro lugar no triste ranking dos números de homicídios de jovens no Brasil. Em 2010, na Região Metropolitana da Grande Vitória, os municípios de Serra, Cariacica e Vila Velha tinham o maior número de ocorrências, seguidos de perto por Vitória. Em Viana, Guarapari e Fundão, o número foi bem menor. De janeiro a maio deste ano, dos 735 assassinatos, 391 foram de jovens, números concentrados na faixa dos 18 aos 24 anos. Somente em abril foram 91 homicídios, cerca de três jovens mortos por dia, lamentou Eugênia Raizer. O número de jovens negros assassinatos gira em torno de 77% do total; 9% são brancos e em 14% dos casos a cor não é informada.

Hildete Emanuelle Nogueira de Souza, membro da coordenação da Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens, assegurou que a violência não começa com o disparo de um tiro, mas muito antes, num histórico de exclusão, de racismo, de violência nas escolas, “que ninguém quer falar, ninguém quer debater”. Começa dentro de uma sociedade que vive com medo e “coisifica” o ser humano.

As Pastorais da Juventude do Brasil, ligadas a Igreja Católica, desencadearam a campanha, lembrou, acrescentando que é preciso ultrapassar os muros da igreja e buscar parcerias com movimentos sociais e casas legislativas. Eventos como a sessão desta quinta, que atraiu o secretário municipal de Direitos Humanos de Vitória, João José Barbosa Sana, e a secretária municipal de Assistência Social, Ana Petronetto, bem como o membro da coordenação estadual da campanha, José Luiz Augusto Bedoni.

Fejunes lamenta ausência do Governo na Sessão - Coordenador do Fórum Estadual de Juventude Negra – Fejunes, Luiz Inácio, criticou a ausência de representantes do Governo no debate. “Infelizmente essa ausência não é pontual, ela se dá em diversos momentos. Existe uma resistência muito grande das autoridades em dialogar sobre esse tema. Enquanto isso dezenas de jovens são exterminados em nosso estado”, enfatizou.

Luiz Inácio ainda cobrou retorno da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social que, segundo ele, até o momento não convidou os articuladores da Campanha para uma nova rodada de conversa a respeito do projeto “Juventude pela Vida” proposto pelas organizações juvenis ao Governo e que visa o protagonismo da juventude no enfrentamento da violência. “Já faz mais de dois meses que aguardamos retorno da SESP para dialogarmos sobre a implementação de um projeto que visa o envolvimento da juventude no enfrentamento da violência”, disparou.

Os secretários Rodrigo Coelho, da Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Assistência Social, e Henrique Herkenhoff, da Secretaria Estadual de Segurança Pública foram convidados, mas não comparecerem.

Do portal:  www.ujs.org.br 

Por: Antonio Pereira